quarta-feira, 28 de julho de 2010

IFORMAÇÃO IMPORTANTE PARA O ENSINO RELIGIOSO
A Revista Nação Escola, publicação do Programa de Educação do Núcleo de Estudos Negros, apoiada pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), vinculada à Presidência da República, destaca em sua edição n° 02, de abril de 2010, a contribuição do Ensino Religioso no conhecimento e respeito da cultura e religiosidade africanas na escola.

Acesse o site do gper
http://www.gper.com.br/noticias/e4871f8ec639cedb84022ec7c4bc9287.pdf

Abaixe a revista para leitura
http://www.gper.com.br/noticias/e4871f8ec639cedb84022ec7c4bc9287.pdf

Professora: Cleusa Schmidt Krüger

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Disciplina:Ensino Religioso
Professora: Cleusa Schmidt Krüger
Série: 5º e 6º Ano.


Regra de Ouro

Objetivos:
Compreender a importância das regras para a vida em sociedade.
Refletir sobre as regras fundamentais para a vida em família.
Elaborar uma Regra Ouro.
Conhecer a Regra de Ouro das religiões.

Regra de Ouro seria uma norma, algo que se impõe para a sociedade respeitar, indicando um posição privilegiada como regra fundamental para a vida.

Atividades:
1) Elabore uma Regra de Ouro, uma norma para ser respeitada, como regra fundamental para a vida. (Essa atividade pode ser feita no caderno e socializada com todos os alunos),
2) Elabore com a sua família uma Regra de Ouro para se viver em família. Faça na folha sulfite e ilustre. Capriche.
Observação: A ilustração pode ser feita com desenhos da família ou outros referente à Regra de Ouro construída com a família, pode-se colar uma foto da família.

Regras de Ouro das Religiões
Algumas religiões:
Cristianismo: "Façam aos Outros a mesma coisa que querem que eles façam a vocês." Lucas 6:31 (nova tradução na linguagem de hoje)


Budismo: "Não firas os outros de um modo que não gostarias de ser ferido." Udanda-Varqa 5:18
- "De cinco maneiras um verdadeiro líder deve tratar seus amigos e dependentes: com generosidade, cortesia, benevolência, dando o que deles espera receber e sendo tão fiel quanto à sua própria palavra." Digha Nikaya iii.185-91, Sigalovada Sutta


Zoroastrismo: "Aquela natureza só é boa quando não faz ao outro aquilo que não é bom para ela própria." Dadistan-i Dinik 94:5


Judaísmo: "O que te é odioso, não faças ao teu semelhante. Esta é toda a Lei, o resto é comentário." Talmude, Shabbat 31ª


Hinduísmo: "Esta é a soma de toda a verdadeira virtude: trate os outros tal como gostarias que eles te tratassem. Não faças ao teu próximo o que não gostarias que ele depois fizesse a ti." Mahabharata


Islamismo: "Nenhum de vós é um crente até que deseje a seu irmão aquilo que deseja para si mesmo." Sunnah


Taoísmo: O homem superior "deve apiedar-se das tendências malignas dos outros; olhar os ganhos deles como se fossem seus próprios, e suas perdas do mesmo modo." Thai-Shang


Confucionismo: "Eis por certo a máxima da bondade: Não faças aos outros o que não queres que façam a ti." Analectos XV,23


Fé Bahá'í: "Não desejar para os outros o que não deseja para si próprio, nem prometer aquilo que não pode cumprir." Gleenings


Sikhismo: "Julga aos outros como a ti mesmo julgas. Então participarás do Céu."


Jainismo: "Na felicidade e na infelicidade, na alegria e na dor, precisamos olhar todas as criaturas assim como olhamos a nós mesmos."


Claúdia Andréa Prata Ferreira, Estudo das Religiões e Religiosidades.


Elabore imagens para representar a Regra de Ouro das religiões “Fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem”.


Observação: Quanto a Regra de Ouro das Religiões, pode-se colocar o símbolo religioso de cada uma dessas religiões citadas acima em uma folha com a Regra de Ouro. E fazer um lindo painel na escola, com a Regra de Ouro das Famílias e a Regra de Ouro das Religiões.


Dicas para uma Boa Convivência
• Seja alegre e comunicativo. Um “bom dia”, um “alô” custam pouco e rendem muito; • Seja simples e modesto. Se você possui qualidades “notáveis”, cedo ou tarde os outros notarão isso, como também descobrirão suas imperfeições; • Não economize sorriso: de todas as moedas circulantes no comércio da vida, o sorriso é a que compra maior porção de alegria pelo menor preço; • Por falar nisso, não compre briga porque sai caro; • Interesse-se pelos outros. Só assim os outros acharão você interessante; • Seja um bom conversador deixando que os outros falem mais; • Seja otimista. Quem vê tudo na existência pelo lado sombrio do derrotismo raramente cruza com amigos na rua porque a maioria deles dobra a esquina para escapar do encontro; • Faça aos outros, em lugar de críticas, quantos elogios puder fazer honestamente. As pessoas de um modo geral adoram ouvi-los e quando os recusam talvez no fundo esperem ser elogiados por isso; • Com os inimigos, declarados ou gratuitos, mantenha a sobriedade do cavalheirismo. Não fale mal por trás nem perca uma oportunidade de reconciliação, dando o primeiro passo, pois nada lhe garante que no dia seguinte um deles não seja a única pessoa capaz de “salvar a sua vida”; • Compreenda que as pessoas que pensam diferente estão sinceramente convencidas de que o errado é você. Extraído do livro de Sonia Jordão: A Arte de Liderar – Vivenciando Mudanças num Mundo Globalizado.
Após ter lido essas dicas acima acrescente outras que você acredita serem importantes para conviver com as pessoas:

Disciplina: Ensino Religioso
Professora: Cleusa Schmidt Krüger
Série: 4º ano

Diversidade cultural e preconceito
Atividades extraídas do livro: Dialogando e refletindo – Cidadania de autoria: Nalldemir Maria Mendes
Objetivos:
Compreender o significado da palavra diversidade e a importância do respeito à diversidade. Refletir sobre os diversos tipos de preconceito em nossa sociedade.

Você já deve ter ouvido falar em diversidade, mas sabe o que significa? Pesquise em dicionários o significado dessa palavra tão importante no mundo atual, e depois complete o acróstico com palavras que possibilitem uma melhor compreensão do significado de diversidade.

D
I
V
E
R
S
I
D
A
D
E


Texto:
Diversidade cultural e preconceito

A diversidade cultural é uma das grandes marcas do nosso século. Entretanto, as inúmeras diferenças entre as pessoas podem causar intolerância, conflitos e discórdias, sendo causa de muitas guerras passadas, e provavelmente das futuras.
Pessoas diferentes podem nos causar estranheza, curiosidade ou rejeição.
Podemos gostar delas, sentir medo ou nos interessarmos. Mas antes de tudo precisamos conhecê-las.
Quando decidimos como iremos tratar uma pessoa ou quando estabelecemos um conceito sobre como ela é, antes mesmo de conhecê-la, estamos sendo preconceituosos.

Sugestões de atividades:
1) O preconceito e a discriminação impedem o exercício da cidadania. Muitas são as formas de discriminação presentes em nossa sociedade. Escreva aquelas conhecidas por você:
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
­


2) Leia as expressões e os ditados populares abaixo e ligue as formas de preconceito e discriminação presentes:

a) Preto de alma branca Machismo
b) Lugar de mulher é na cozinha Classe Social
c) Ela é pobre, mas é limpinha Racismo

3) Você já passou por alguma situação de preconceito?
R: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

4) O que podemos fazer para não julgar e discriminar uma pessoa “diferente” de nós?
R: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

5) Algumas dicas para não sermos preconceituosos:
Ver o outro como ele é;
Conhecer sua história;
Ouvir o que ele tem a nos dizer;
Colocar-se no lugar dele, para entender como ele pensa;
Ser solidário, ou seja, colocar-se à disposição do outro;
Compartilhar o que somos, o que temos, o que pensamos, etc.

Agora complemente com outras idéias:

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Disciplina: Ensino Religioso
Professora: Cleusa Schmidt Krüger
Série: 7º Ano.

Reflexões sobre a Adolescência

Objetivo: Refletir sobre as características físicas e psicológicas do adolescente.

Adolescência... “Anos marcantes de nossas vidas, ora tumultuados, cheios de dúvidas e incompreensões, ora excitantes, com aventuras e emoções vividas, que jamais se repetirão em nossa vida adulta com tanta intensidade.”


Se você fosse um bicho?

Se você fosse um bicho, que tipo de bicho gostaria de ser?
Bicho bravo, ferroz, de garras afiadas?
Bicho manso e carinhoso, de pelo macio?
Um bicho preguiçoso ou um bicho engraçado?
Um bicho que voa lá no alto no céu?
Um bicho que corre, ou que se arrasta no chão?
Bicho espinhento ou peludo...
Um bicho papão?
Nye Ribeiro. Jeito de Ser. São Paulo: Ed. do Brasil, 2000. p.8.



Se você pudesse identificar a adolescência com um bicho, qual seria? Faça um desenho dele.
Responda: Por que você escolheu esse bicho? O que ele tem em comum com você?

terça-feira, 20 de julho de 2010

Ensino religioso
Prof. Cleusa S. Kruger
Pensamentos diversos

Objetivo: Refletir e decodificar pensamentos diversos sobre a vida e sobre nossa atuação como cidadão deste mundo.

Fonte: Gotas de Orvalho

“Se você não tem nada para falar de valor, não se esqueça de desligar o volume.”
“Nunca é cedo demais para dizer uma palavra amável, pois você nunca sabe quão cedo poder ser tarde demais.”
“A compaixão é o amor em ação.”
“A preocupação lança uma grande sombra por detrás de uma coisa pequena.”
“Quando as pessoas são mais importantes do que o lucro, todos têm proveito disto.”
“Uma colheita frutífera requer um serviço fiel.”
“Para vencer o hábito de reclamar, conte as suas bênçãos.”
“Ninguém está além do alcance do amor de Deus.”
“A vida é preciosa demais para que empreguemos tanto tempo diante da televisão, e tão pouco no diálogo e na comunhão.”
“Preste atenção nos seus pensamentos, pois eles podem dar início às suas ações.”
“A ciência conhece galáxias, mapeamento genético, fontes de energia, mas insiste em desconhecer o Criador disso tudo.”
“As pessoas talvez não ouçam o que dizemos, mas vão prestar muita atenção em nossas atitudes.”
“Gerar uma nova vida é ser co-criador com Deus. Adotar uma nova vida é estender o dom de Deus a quem havia sido negado.”
“A vida é o maior dos presentes e o mais espetacular dos milagres.”
“Cuidar da ecologia de nosso planeta também faz parte de nosso amor a Deus.”
“A causa da inferioridade é a comparação.”
“Arrependimento não é demonstração de fraqueza e sim, um ato de humildade.”

Atividades:

1) Leia todos os pensamentos e escolha um deles, escreva sobre o motivo da sua escolha.
2) Interpretar o pensamento escolhido em forma de desenhos em folha sulfite.
Plano de aula em forma de Projeto.
Disciplina: Ensino Religioso.
Professora: Cleusa Schmidt Krüger.
Série: 6º Ano.

Tema: Reflexões sobre a diversidade religiosa e direitos humanos

Objetivos:
- Conscientizar os alunos acerca da liberdade religiosa no Brasil e compreender o direito do outro de expressar a sua fé;
- Promover a reflexão e a compreensão sobre o conhecimento religioso das tradições religiosas presentes na sala de aula.

Desenvolvimento:
1) Abordagem do tema e dos objetivos.
2) Contação e diálogo da história: Declaração Universal dos Direitos Humanos (Adaptação de Ruth Rocha e Otávio Roth)
3) Estudo do pensamento da História que resume o artigo XVIII da Declaração Universal dos Direitos Humanos, “Todas as pessoas têm o direito de pensar como e o que quiserem... Elas têm o direito de trocar suas idéias e praticar a sua fé em publico ou em particular.”
4) Estudo e debate sobre o DVD: Declaração Universal dos Direitos Humanos (12 minutos).
5) Estudo sobre o seguinte texto:

Diversidade Religiosa e Direitos Humanos.
Os direitos humanos fundamentais foram declarados em 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Seu texto declara que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direito.
A liberdade religiosa no Brasil teve início a partir da 1ª Constituição da República, promulgada em fevereiro de 1891.
“A Igreja separou-se do Estado; em outras palavras, deixou de existir uma religião oficial no Brasil. Instituiu-se o casamento civil e a liberdade de culto para todas as crenças religiosas”. (p. 50 – Livro de História – projeto Araribá- 8º Série.)
O Estado Brasileiro é laico. Isso significa que ele não deve ter, e não tem religião. Tem, sim, o dever de garantir a liberdade religiosa. Diz artigo 5º, inciso VI, da Constituição: “É inviolável a liberdade de consciência de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias." A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais da humanidade, como afirma a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A pluralidade, construída por várias raças, culturas, religiões, permite que todos sejam iguais, cada um com suas diferenças. É o que faz do Brasil, Brasil. Certamente, deveríamos, pela diversidade de nossa origem, pela convivência entre os diferentes, servir de exemplo para o mundo. No Brasil de hoje, a intolerância religiosa não produz guerras, nem matanças.Entretanto, muitas vezes, preconceito existe e se manifesta pela humilhação imposta àquele que é "diferente". Outras vezes o preconceito se manifesta pela violência. No momento em que alguém é humilhado, discriminado, agredido devido à sua cor ou à sua crença, ele tem seus direitos constitucionais, seus direitos humanos violados; este alguém é vítima de um crime - e o Código Penal Brasileiro prevê punição para os criminosos.
Invadir terreiros de umbanda e candomblé, que, além de locais sagrados de culto, são também guardiões da memória de povos arrancados da África e escravizados no Brasil; desrespeitar a espiritualidade dos povos indígenas, ou tentar impor a eles a visão de que sua religião é falsa; agredir os ciganos devido à sua etnia ou crença, mesmo motivo que os levou ao quase extermínio na Europa, durante a Segunda Guerra Mundial: tudo isto é intolerância, é discriminação contra religiões. É o contrário do que pretende o Programa Nacional dos Direitos Humanos.
O Programa Nacional dos Direitos Humanos pretende incentivar o diálogo entre os movimentos religiosos, para a construção de uma sociedade verdadeiramente pluralista, com base no reconhecimento e no respeito às diferenças. (Cartilha – Diversidade Religiosa e Direitos Humanos – 2004)
“A beleza do nosso país reside justamente na diversidade cultural e religiosa de seu povo.(...) Temos que quebrar as barreiras que nos impedem de dialogar com aqueles e aquelas que pensam e que agem de forma diferente, mas que têm o mesmo objetivo: a valorização da VIDA.”

6) Conhecendo melhor as tradições religiosas presentes em sala na aula:
Escreva falando um pouco sobre a sua fé, crença religiosa. (Essa atividade pode ser feita no caderno ou em uma folha sulfite).
7) Após a conclusão do trabalho cada aluno poderá apresentar.
8) Atividade avaliativa: Escreva uma frase falando sobre a importância de se respeitar a diversidade e a liberdade religiosa e depois ilustre.
9) Pesquisa sobre as religiões existentes em nosso País.(Internet, Almanaque Abril...)
10) Pode-se fazer uma exposição com os trabalhos, citando o artigo 5º, inciso VI, da Constituição e o artigo XVIII da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Duração: 7 aulas de 45 minutos.
Avaliação: Trabalhos e a participação.
Referência Bibliográfica:
a. Cartilha da Diversidade Religiosa e Direitos Humanos – 2004
b. DVD: Diversidade Religiosa e Direitos Humanos – 2004
c. Livro de História – Projeto Araribá 8º série.
d. Livro de História: Declaração Universal dos Direitos Humanos (Ruth Rocha e Otávio Roth)
e. Livro Didático: Todos os Jeitos de Crer – Volume 3.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Plano de aula em forma de Projeto.
Disciplina: Ensino Religioso.
Professora: Cleusa Schmidt Krüger.
Série: 7º Ano.

Tema: Diversidade cultural, étnico-racial e líderes da paz

Objetivos:
 Introduzir a personalidade de Martin Luther King e sua contribuição;
 Discutir o racismo e outras formas de preconceito;
 Refletir sobre alguns aspectos da história da cultura negra;
 Comentar aspectos da história da colonização no Brasil.

Metodologia: Apresentar o tema, conversar com os educandos sobre os objetivos, trabalhar os textos, realizar as atividades propostas, assistir um DVD sobre a cultura negra e fazer uma exposição sobre os trabalhos realizados.

UM POVO ESCRAVIZADO
LIVRO: TODOS OS JEITOS DE CRER-VIDAS
Durante mais de trezentos anos, os bran¬cos se julgaram no direito de escravizar os negros. Estes eram arrancados de suas al¬deias na África, por caçadores armados, e levados como escravos para as Américas. Trancados e acorrentados nos porões sujos dos chamados "navios negreiros", muitos morriam no caminho.
Quando desembarcavam nas Américas, os africanos tornavam-se propriedade dos brancos. Muitos deles eram surrados, sofriam humilhações e chegavam até a ser mortos. Outros, quando tinham um pouco mais de sorte, eram tratados como animais domésticos. Cerca de 15 milhões deles foram trazidos às Américas e escravi¬zados. Um dos países que mais receberam escravos foram os Estados Unidos.
SURGE UM LÍDER
A história que vamos contar se passou nos Estados Unidos da América, onde a população branca também escravizava os negros. Muitos cidadãos, porém, não concordavam com isso e, em 1860, houve uma guerra para combater a escravidão: a Guerra de Secessão.
A guerra resultou na libertação dos negros, mas não seria apenas uma lei, abolindo a escravidão, que acabaria com todos os problemas deles. Mesmo em liberdade, os negros ainda eram bastante discriminados e vistos como gente inferior.
Um exemplo dessa discriminação: aos negros restavam os trabalhos que os brancos se recusavam a executar. Além disso, eles não podiam frequentar escolas, restaurantes nem bairros de brancos. Chegava-se ao extremo de considerar as crianças negras como "retardadas".
A situação se agravou quando alguns brancos da sociedade reuniram-se e criaram um grupo de nome estranho - a Ku Klux Klan (KKK) -, que pra¬ticava atos terríveis contra os negros: linchava-os, pendurava-os em árvores, incendiava suas casas. Esse grupo trajava estranhas roupas brancas e capuzes em forma de cone. O mais triste é que a Ku Klux Klan ainda existe e continua violenta.
Por muitos anos, os negros da América do Norte sofreram e lutaram por justiça, igualdade e liberdade. Pequenas conquis¬tas foram obtidas, mas ainda havia muito a mudar... Preci¬savam de alguém que os fizesse acreditar mais em si mesmos, alguém corajoso que os ajudasse de verdade. Um líder, enfim.
Foi então que, em 1929, nasceu Martin Luther King. Filho de uma família negra e nascido em Atlanta, nos Estados Unidos, teve uma infância sofrida, por causa do preconceito. Seu pai não gostava do racismo e afirmava que, se fosse preciso, lutaria até a morte para combatê-lo. O menino admirava essa atitude do pai.
Aos poucos, Luther King foi percebendo a separação entre as duas cores. Quando menino, não podia brincar com seus amigos brancos. Já um pouco mais velho, se ia à sorveteria, era obrigado a ficar do lado de fora para ser atendido. Só podia ir à escola acompanhado de crianças negras - com bran¬cos, nem pensar.
Mas o fato mais marcante de sua ju¬ventude ocorreu certa noite, quando tinha 15 anos e viajava com seu professor, negro também, num ônibus lotado. Quando dois brancos embarcaram, o motorista mandou que Luther King e o professor se levantas¬sem para lhes dar lugar. Isso o deixou furioso, pois tinha acabado de ser premia¬do por um trabalho sobre os direitos dos negros e descobria que esses direitos não existiam.
Ainda aos 15 anos de idade, Luther King entrou em uma das melhores faculdades negras do país. Cursou Sociologia, mas decidiu depois ser pastor evangélico e cursar Teologia. Conheceu a história e as ideias de um ho¬mem que o fascinou e no qual decidiu inspirar-se: Gandhi.
Luther King casou-se com Coretta Scott, que viria a se tornar sua grande companheira de todas as lutas. Com ela, foi trabalhar como pastor numa igreja Batista em Montgomery, no Alabama.
Seu trabalho começava muito cedo, às 5h30 da ma¬nhã. Ele ajudava as famílias necessitadas e tratava dos problemas que os negros enfrentavam com leis injustas e tam¬bém com leis que eram justas e deveriam garantir seus direitos, mas não eram cumpridas: as primeiras tinham de ser muda¬das; as segundas tinham de ser respeitadas.
Luther King começava a se tornar um grande orador. Muita gente ia à sua igreja porque se sentia elevada e inspirada pelas belas coisas que dizia.
O HERÓI DA NAO-VIOLÊNCIA
O prestígio de Luther King ia ficando cada vez maior, até que um dia, em 1955, houve um incidente com uma jovem cos¬tureira negra chamada Rosa Parks. Ao sair do trabalho e pegar um ônibus, ela viu que todos os assentos do fundo - destinados aos negros - estavam lotados. Notou, então, um lugar vazio no meio do ônibus e sentou-se, mas sabia que, se um branco chegasse, teria de se levantar.
Quando entraram no ôni¬bus três brancos, dois se sen¬taram e um ficou em, pé. O motorista pediu a Rosa que se levantasse e cedesse o lugar, mas ela recusou-se a fazê-lo, porque estava cansada.
Diante da recusa, o motorista ameaçou chamar a polícia. Rosa respondeu: "Então, prenda-me!" O motorista desceu e chamou um policial... E o guar¬da a prendeu.
Esse incidente foi a gota d'água para que Martin Luther King começasse sua grande luta. Os negros e também alguns brancos que consideravam aquela situação injusta decidiram que mais nenhum negro tomaria ônibus. Isso faria com que a notícia da luta contra o racismo chegasse a todos os americanos e também diminuiria os lucros das companhias de ônibus. Ou seja, eles veriam que o racismo, além de desumano e contrário à lei, ainda trazia prejuízo financeiro. E prejuízo é algo que nenhuma empresa quer ter, pois o mais importante para as empresas é o lucro - às vezes até mais do que o ser humano.
O movimento cresceu. Os pastores divulgavam a notícia, distribuindo panfletos. As pessoas iam ao trabalho de táxi, de carona ou a pé. Formou-se uma associação e Luther King foi eleito líder.
Eles queriam que a lei fosse modificada em três pontos: 1ºos motoristas deveriam tratar os passageiros negros com respeito; 2º a ordem de sentar era de quem chegasse primeiro, com os negros começando pelo fundo e os brancos pela frente; 3º a empresa teria de contratar motoristas negros para os ônibus que passassem por bairros negros.
A luta pela justiça havia começado nos Estados Unidos, mas os brancos não aceitaram tudo pacificamente. O prefeito da cidade colocou a polícia contra os manifestantes. O próprio Luther King recebeu muitas ameaças de morte e até uma bomba foi atirada em sua casa.
Porém, assim como Jesus e Gandhi, Luther King entendia que se devem perdoar as agressões e não reagir, combatendo o ódio com amor:
A violência traz apenas vitórias temporárias. Ela apenas cria novos problemas sociais e nunca traz a paz permanente.
Sem violência, mas com coragem, o movimento continuou e os brancos, en¬fim, foram obrigados a aceitar as reivindi¬cações. Os negros podiam voltar a usar os ônibus. O sucesso incentivou outras " comunidades negras a protestar. Luther King era agora conhecido e solicitado em todo o país.
Os jornais, o rádio e a televisão divul¬gavam e apoiavam a proposta de Luther King e muito do suces¬so do movimento deveu-se a isso. É uma prova de que, quando a imprensa decide lutar pelo que é justo, pode ajudar a sociedade a ser melhor.
A partir do exemplo de Luther King, surgiram diversos movimentos estudantis, entre eles "os viajantes da liberdade", que reuniam brancos e negros viajando pelo país afora. Numa das viagens, em 1961, durante uma manifestação contra o racismo, eles encontraram membros da Ku Klux Klan que estavam armados. Os estudantes, seguindo os conselhos de Luther King, não usaram de violência, mas foram espancados pelos brancos da Klan.
Apesar dos sacrifícios, os estudantes conseguiram uma vitória: o governo dos Estados Unidos acabou com a separação entre brancos e negros nos terminais de ônibus e nas lan¬chonetes, e passou a haver mais igualdade no trabalho. A não-violência havia conquistado muita coisa. Mas ainda havia ou¬tras a conquistar.
UM SONHO QUE NÃO ACABOU
Luther King queria lutar pelo direito do negro ao voto. Em outubro de 1964, recebeu um dos prémios mais importantes do mundo: o Nobel da paz. No dia 21 de março de 1965, mi¬lhares de pessoas saíram às ruas para reivindicar o direito ao voto. Ele dizia que estavam em marcha rumo à terra da liber¬dade e que nenhuma agressão poderia detê-los. E con¬seguiram o que queriam!
O trabalho de Luther King nunca parava: em abril de 1968, foi a Memphis ajudar os trabalhadores negros na luta por salários iguais aos dos brancos. Falou de sua esperança de um mundo novo e disse que a não-violên¬cia deveria ser sempre a única arma na luta. A felicidade brilhava nos olhos da multidão.
Mas, naquela noite, Luther King saiu no terraço do hotel onde estava hospedado. De repente, ouviu-se um tiro. Ele rodopiou e caiu no chão.
Assim morreu o herói da não-violência. Mas seu sonho não morreu. Continua se realizando aos poucos, nos Estados Unidos, no Brasil, no mundo.

Procure refletir e responder em seu caderno:
1) Como posso, também, dar minha contribuição, ajudando as pessoas de todas as origens a se respeitar e amar como irmãos?
2) Cite as semelhanças entre a vida e a prática de Martin Luther King e de Gandhi.
3) Cite outras pessoas que morreram por alguma grande causa e escreva que causas foram estas.
4) Como Luther King se referiu aos brancos? O que isso indica sobre o modo como ele queria que negros e brancos se relacionassem?
5) Ainda hoje, há muito racismo nos Estados Unidos, mas não só lá. No Brasil também. Você já identificou isso em nosso país? Como?


Continuação do texto “Um povo escravizado”

Objetivo: Refletir sobre o sonho para a construção de um mundo melhor

Ele tinha um sonho
(Todos os jeitos de crer – vidas)
Martin Luther King Jr.(1929 – 1968): pastor batista, lutou contra a discriminação racial através da não-violência. Conseguiu o fim da segregação (separação, isolamento) contra negros, nos Estados Unidos. Recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1964.
No dia 28 de agosto de 1963, Martin Luther King fez um discurso que se tornou famoso por seu apelo de justiça e liberdade. Ele estava diante de milhares de pessoas, negras e brancas, na capital dos Estados Unidos, Washington, tendo acima a estátua de Lincoln – o presidente americano que lutara contra a escravidão. Eis alguns trechos:
“Digo-lhes, hoje, meus amigos, que apesar das dificuldades e frustrações do momento, ainda tenho um sonho. (...)
Tenho um sonho que algum dia esta nação levantar-se- á e viverá o verdadeiro significado de sua crença. “Afirmamos que estas verdades são evidentes; todos os homens foram criados iguais”.
Tenho um sonho que algum dia nas montanhas rubras da Geórgia os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos donos de escravos poderão sentar-se à mesa da fraternidade.
Tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos viverão um dia em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter.
Tenho um sonho, hoje.
Tenho um sonho que algum dia (...) pequenos meninos negros e meninas negras, possam dar-se as mãos com outros pequenos meninos, e meninas brancas, caminhando juntos, lado a lado, como irmãos e irmãs. (...)
Quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada aldeia, de cada estado e de cada cidade, seremos capazes de apressar o dia quando todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, com certeza poderão dar-se as mãos e cantar nas palavras da antiga canção negra: “Liberdade afinal! Liberdade afinal! Louvado seja Deus, todo-misericordioso, estamos livres, finalmente!”
Muitas pessoas sonharam, sonham e sonharão com um mundo melhor!
Muitas pessoas dedicaram, dedicam e acredito que dedicarão a sua vida na construção de um mundo melhor.
Você também pode sonhar com um mundo melhor e fazer algo para que o mundo possa ser melhor. Todos podem sonhar...
Pense:
Em algo que você gostaria de mudar no mundo.
Em algo que precisa existir para que o mundo possa ser melhor.
Escreva seu sonho para a construção de um mundo melhor. ( realizar a atividade em folha sulfite com ilustração)
Plano de aula.
Disciplina: Ensino Religioso.
Professora: Cleusa Schmidt Krüger.
Série: 6º Ano.

Tema: Tradições Religiosas Afro-Brasileiras – Diálogo com o Transcendente

Objetivos:
Conhecer a oração do Pai Nosso da Umbanda;
Refletir sobre a mensagem da oração.

Metodologia: Apresentar o tema, conversar com os educandos sobre os objetivos, trabalhar a oração do Pai Nosso da Umbanda procurando analisar a mensagem transcendental e representando seu conteúdo em forma de desenhos.

A oração tem como objetivo a comunicação com o transcendente, em uma atitude de devoção e máximo respeito. É um ato de reconhecimento e louvor diante de um ser transcendente.
A oração é considerada a maior manifestação de fé e é encontrada em todas as tradições religiosas. Há diversos tipos de oração: adoração, louvor, súplica, agradecimento, confissão...
( Livro: Alteridade, Culturas & Tradições: atividades do Ensino Religioso para o Ensino Fundamental)

Pai Nosso da Umbanda
(Tenda de Umbanda Estrela do Oriente – Jaraguá do Sul)

PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS, NAS MATAS, NOS MARES E EM TODOS OS MUNDOS HABITADOS.
SANTIFICADO SEJA O TEU NOME, PELOS TEUS FILHOS, PELA NATUREZA, PELAS ÁGUAS, PELA LUZ E PELO AR QUE RESPIRAMOS.
QUE O TEU REINO, REINO DO BEM, DO AMOR E DA FRATERNIDADE, NOS UMA À TODOS E A TUDO QUE CRIASTES, EM TORNO DA SAGRADA CRUZ, AOS PÉS DO DIVINO SALVADOR E REDENTOR.
QUE A TUA VONTADE NOS CONDUZA SEMPRE PARA O CULTO DO AMOR E DA CARIDADE.
DAÍ-NOS HOJE E SEMPRE A VONTADE FIRME PARA SERMOS VIRTUOSOS E ÚTEIS AOS NOSSOS SEMELHANTES.
DAÍ-NOS HOJE O PÃO DO CORPO, O FRUTO DAS MATAS E A ÁGUA DAS FONTES PARA O NOSSO SUSTENTO MATERIAL E ESPIRITUAL.
PERDOA, SE MERECEMOS, AS NOSSAS FALTAS E DÁ O SUBLIME SENTIMENTO DO PERDÃO PARA OS QUE NOS OFENDAM.
NÃO NOS DEIXEIS SUCUMBIR, ANTE A LUTA, DISSABORES, INGRATIDÕES, TENTAÇÕES DOS MAUS ESPÍRITOS E ILUSÕES PECAMINOSAS DA MATÉRIA.
ENVIAI-NOS, PAI, UM RAIO DE TUA DIVINA COMPLACÊNCIA, LUZ E MISERICÓRDIA PARA OS TEUS FILHOS PECADORES QUE AQUI HABITAM, PELO BEM DA HUMANIDADE, NOSSA IRMÃ.


Olá Professores.
Pesquisando no Youtube encontrei dois vídeos maravilhosos para trabalhar mitos africanos.

http://www.youtube.com/watch?v=VDD1qXLUbnE&NR=1

http://www.youtube.com/watch?v=mj638uwCn0c&NR=1

Professora: Cleusa Schmidt Krüger

quinta-feira, 8 de julho de 2010

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: REVISTA NAÇÃO ESCOLA

Divulgue para os professores.
Esta notícia é maravilhosa, estamos muito felizes.
http://www.fonaper.com.br/noticia.php?ger=1&id=1003
Revista destaca contribuição do ER na diminuição da discriminação religiosa

Terça, 6 de Julho de 2010 - 19:26hs

A Revista Nação Escola, publicação do Programa de Educação do Núcleo de Estudos Negros, apoiada pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), vinculada à Presidência da República, destaca em sua edição n° 02, de abril de 2010, a contribuição do Ensino Religioso no conhecimento e respeito da cultura e religiosidade africanas na escola.
O primeiro artigo (páginas 22 a 23), intitulado Cultura e religiosidade africanas nas aulas de ensino religioso, de autoria do prof. Morche Ricardo Almeida, descreve algumas ações do Projeto África, realizado na Escola Básica Municipal Machado de Assis, em Blumenau/SC. Nas suas considerações finais, prof. Morche destaca:
“Estudar em Ensino Religioso a diversidade das religiões brasileiras e suas afinidades com o berço em terras africanas possibilita romper com o preconceito, a discriminação e o racismo no que se refere à cultura e à religião dos afrodescentes”.
O segundo artigo (páginas 24 a 25), intitulado A força negra no ensino religioso, das professoras Adriana Candido Delphino e Cleusa Schmidt Kruger, relata atividades desenvolvidas nas aulas de Ensino Religioso na Escola Municipal de Ensino Fundamental Rodolfo Dornbusch, de Jaraguá do Sul/SC, por meio do projeto Diversidade Religiosa Brasileira: A força Negra. O referido projeto teve como objetivos:
a) Conscientizar os alunos acerca da liberdade religiosa no Brasil e compreender o direito do outro de expressar a sua fé;
b) Identificar a raiz africana em nossa cultura;
c) Introduzir o conhecimento do candomblé e da umbanda, suas origens, práticas, mitos e sua contribuição cultural.
Ao final do artigo, as autoras destacam que o “Ensino Religioso é componente curricular e área do conhecimento da educação. E pode ser agente de mudança. Por esse motivo, sonhamos com um mundo em que as pessoas compreenderão que não se pode enquadrar o transcendente, e que o sentimento religioso transcende qualquer denominação religiosa”.
Acesse a revista em sua versão eletrônica pelo sítio http://issuu.com/gastaocassel/docs/revista_versaofinal_72dpi.


Fonte: Revista Nação Escola

Ensino Religioso: Ressignificando os Conhecimentos!

“O Ensino Religioso na Prática”

O Ensino Religioso é um componente curricular e uma área do conhecimento. É de matrícula facultativa, parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurando o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer forma de proselitismo. Portanto, sua ênfase deve estar no diálogo intercultural e inter-religioso, de abertura e de respeito mútuo à identidade e à alteridade de cada ser humano (MARKUS, 2002).
O cotidiano da escola permite viver algo da beleza da criação cultural humana em sua diversidade e multiplicidade. Partilhar um cotidiano onde o simples “olhar-se” permite a constatação de que são todos diferentes traz a consciência de que cada pessoa é única e, exatamente por essa singularidade, insubstituível (BRASIL, 1997).
Nesse sentido a disciplina é um espaço onde pode ocorrer a descoberta progressiva do outro ser, numa atitude de respeito, justiça e solidariedade. Por outro lado, também é um espaço democrático de aprendizagem mútua, pois só no encontro com o diferente percebemos que culturas e religiões têm experiências e sabedorias peculiares que, em si, são relevantes para os demais e vão enriquecer não só a disciplina de Ensino Religioso, mas toda a comunidade escolar.
A disciplina de Ensino Religioso encanta a todos que se abrem para a diversidade cultural religiosa presente no mundo. Em cada tema trabalhado percebe-se a importância da disciplina no currículo escolar, pois o Ensino Religioso é um espaço de exercício do diálogo inter-religioso, de uma forma democrática, consciente e respeitosa, que leva a mútua aprendizagem.
Assim, cabe a escola em seu currículo buscar construir relações de confiança para que o educando possa perceber-se e viver como um ser em formação, e para que a manifestação de características culturais e religiosas que partilhe com seu grupo de origem possa ser trabalhada como parte de suas circunstâncias de vida, que não seja impeditiva do desenvolvimento de suas potencialidades pessoais.
Nelson Mandela afirma que “a educação é a arma mais forte que você pode usar para mudar o mundo”. Neste sentido o Ensino Religioso é componente curricular e área de conhecimento da educação. E pode ser agente de mudança. Por esse motivo sonhamos com um mundo em que as pessoas compreenderão que não se pode enquadrar o Transcendente e que o sentimento religioso transcende qualquer transcende qualquer denominação religiosa.
Se o nosso desejo é ter uma educação de qualidade, uma educação que reconheça as diferenças individuais e atinja a compreensão dos conteúdos trabalhados, podemos dar enormes passos com os recursos que dispomos. A tarefa é difícil, mudar é doloroso. Nós educadores temos que acreditar, apesar de tudo, que a melhoria do nosso ensino, depende, se não exclusivamente, principalmente de nós.

Adriana Candido Delphino

Professora e Articuladora do Ensino Religioso de Jaraguá do Sul – SC.