terça-feira, 20 de julho de 2010

Plano de aula em forma de Projeto.
Disciplina: Ensino Religioso.
Professora: Cleusa Schmidt Krüger.
Série: 6º Ano.

Tema: Reflexões sobre a diversidade religiosa e direitos humanos

Objetivos:
- Conscientizar os alunos acerca da liberdade religiosa no Brasil e compreender o direito do outro de expressar a sua fé;
- Promover a reflexão e a compreensão sobre o conhecimento religioso das tradições religiosas presentes na sala de aula.

Desenvolvimento:
1) Abordagem do tema e dos objetivos.
2) Contação e diálogo da história: Declaração Universal dos Direitos Humanos (Adaptação de Ruth Rocha e Otávio Roth)
3) Estudo do pensamento da História que resume o artigo XVIII da Declaração Universal dos Direitos Humanos, “Todas as pessoas têm o direito de pensar como e o que quiserem... Elas têm o direito de trocar suas idéias e praticar a sua fé em publico ou em particular.”
4) Estudo e debate sobre o DVD: Declaração Universal dos Direitos Humanos (12 minutos).
5) Estudo sobre o seguinte texto:

Diversidade Religiosa e Direitos Humanos.
Os direitos humanos fundamentais foram declarados em 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Seu texto declara que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direito.
A liberdade religiosa no Brasil teve início a partir da 1ª Constituição da República, promulgada em fevereiro de 1891.
“A Igreja separou-se do Estado; em outras palavras, deixou de existir uma religião oficial no Brasil. Instituiu-se o casamento civil e a liberdade de culto para todas as crenças religiosas”. (p. 50 – Livro de História – projeto Araribá- 8º Série.)
O Estado Brasileiro é laico. Isso significa que ele não deve ter, e não tem religião. Tem, sim, o dever de garantir a liberdade religiosa. Diz artigo 5º, inciso VI, da Constituição: “É inviolável a liberdade de consciência de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias." A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais da humanidade, como afirma a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A pluralidade, construída por várias raças, culturas, religiões, permite que todos sejam iguais, cada um com suas diferenças. É o que faz do Brasil, Brasil. Certamente, deveríamos, pela diversidade de nossa origem, pela convivência entre os diferentes, servir de exemplo para o mundo. No Brasil de hoje, a intolerância religiosa não produz guerras, nem matanças.Entretanto, muitas vezes, preconceito existe e se manifesta pela humilhação imposta àquele que é "diferente". Outras vezes o preconceito se manifesta pela violência. No momento em que alguém é humilhado, discriminado, agredido devido à sua cor ou à sua crença, ele tem seus direitos constitucionais, seus direitos humanos violados; este alguém é vítima de um crime - e o Código Penal Brasileiro prevê punição para os criminosos.
Invadir terreiros de umbanda e candomblé, que, além de locais sagrados de culto, são também guardiões da memória de povos arrancados da África e escravizados no Brasil; desrespeitar a espiritualidade dos povos indígenas, ou tentar impor a eles a visão de que sua religião é falsa; agredir os ciganos devido à sua etnia ou crença, mesmo motivo que os levou ao quase extermínio na Europa, durante a Segunda Guerra Mundial: tudo isto é intolerância, é discriminação contra religiões. É o contrário do que pretende o Programa Nacional dos Direitos Humanos.
O Programa Nacional dos Direitos Humanos pretende incentivar o diálogo entre os movimentos religiosos, para a construção de uma sociedade verdadeiramente pluralista, com base no reconhecimento e no respeito às diferenças. (Cartilha – Diversidade Religiosa e Direitos Humanos – 2004)
“A beleza do nosso país reside justamente na diversidade cultural e religiosa de seu povo.(...) Temos que quebrar as barreiras que nos impedem de dialogar com aqueles e aquelas que pensam e que agem de forma diferente, mas que têm o mesmo objetivo: a valorização da VIDA.”

6) Conhecendo melhor as tradições religiosas presentes em sala na aula:
Escreva falando um pouco sobre a sua fé, crença religiosa. (Essa atividade pode ser feita no caderno ou em uma folha sulfite).
7) Após a conclusão do trabalho cada aluno poderá apresentar.
8) Atividade avaliativa: Escreva uma frase falando sobre a importância de se respeitar a diversidade e a liberdade religiosa e depois ilustre.
9) Pesquisa sobre as religiões existentes em nosso País.(Internet, Almanaque Abril...)
10) Pode-se fazer uma exposição com os trabalhos, citando o artigo 5º, inciso VI, da Constituição e o artigo XVIII da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Duração: 7 aulas de 45 minutos.
Avaliação: Trabalhos e a participação.
Referência Bibliográfica:
a. Cartilha da Diversidade Religiosa e Direitos Humanos – 2004
b. DVD: Diversidade Religiosa e Direitos Humanos – 2004
c. Livro de História – Projeto Araribá 8º série.
d. Livro de História: Declaração Universal dos Direitos Humanos (Ruth Rocha e Otávio Roth)
e. Livro Didático: Todos os Jeitos de Crer – Volume 3.

2 comentários:

  1. Muito boa aula. Parabéns pela iniciativa de transformar pela educação.
    O preconceito e a intolerância precisam acabar.
    E a escola pode contribuir muito para isso.

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